Este
livro foi escrito é o resultado da dissertação de mestrado do Litaiff dentro da
Antropologia Social, estudando afundo o povo Guarani-Mbyá, que estão
localizados em Bracuí, na Serra do Mar, Angra dos Reis, no litoral sul do Rio
de Janeiro.
A
aldeia de Bracuí é formada por 30 habitantes divididas em pequenos núcleos,
sendo o centro, a residência do Cacique e a Opy que é a casa de reza. Dentre a
história dos povos Guarani, o livro também constroem falas sobre sua língua,
organização social, subsistência, religião e medicina, mitologia, migrações, contraste,
conflito, antropofagia, representações étnicas. Dentro de cada item deste o
autor destaca como é para estes índios dentro da cultura e traz a realidade
existente com a mudança na sociedade, junto com estas informações traz os
problemas desta sociedade que segundo o cacique perde se da tradição antiga.
Em
diversas partes do texto o que mais destaca para os índios são as terras ou a
crença na impossibilidade de encontrarem Tekoá “terra onde o branco ainda não
chegou”, sendo uma terra que possibilitará os índios a viver de acordo com as leis de sua cultura.
Porém esta procura acaba levando a descrença deste povo indígena.
Segundo
Litaiff, traz uma compreensão do que os índios Guarani –Mbyá defendem como
representação de sua identidade cultura.
1) Nasce
e viver em uma aldeia Mbyá, 2) praticar endogamia unindo-se somente a membros
de uma das famílias que constituem a população dessa aldeias, 3) falar o idioma
nativo utilizado por todos os indivíduos
da comunidade, 4) jamais abandonar as leis regras sociais (“ethos”)
contidas em seu sistema cultural “teko”, 5) Não cometer violência contra seus
“parentes Mbyá” ou qualquer estranho, 6) Mbyá puro deve ser enterrado no
cemitério da aldeia, 7) Não abandonar a religião do grupo, praticando
diariamente a oração noturna, 8) Preservar e nunca explorar comercialmente a
terra e seus recursos naturais, pois o “mato nossa casa” (lembrando também que
a Terra para o Mbyá é ser vivo dotado de vegetação que são seus “pelos”), 9)
procurar alimentar-se com “comida do mato”, evitando produtos
industrializados e, principalmente,
bebidas alcoólicas, 10) Sempre seguir ao Cacique da Aldeia, cujas palavras
devem ser ouvidas todas as vezes que este as proferir. (LITAIFF, 1996, p. 142)
Com
este trecho o autor traz alem da identidade deste povo, mas também a angustia
do contato que tem os povos brancos que criam grandes influencias nesta aldeia,
causando mudanças e perca de seus povos, como relata no texto os suicídios na
aldeia como um dos grandes fatores agravantes nesta aldeia.
Concluindo
o autor traz no texto os seguintes registros da aldeia sendo problemas
causadores de perca da identidade deste povo são: a falta de terras, doenças,
subnutrição, alcoolismo e a desagregação social.
Todas
estas indagações levam a pensar que muitos problemas que ocorrem ainda hoje nas
aldeias e são identificados por vários autores, porém não significa que ainda
esta da mesma forma ou que ainda sejam estes os mesmos problemas, mas era a
realidade era encontrada pelo autor na sua pesquisa daquela época.
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